Programas semelhantes ao desenvolvido pelo hospital Hospital Pequeno Princípe ainda são escassos, mas são uma amostra da crescente profissionalização das ONGs.
Seleção de ‘trainees do bem’ tem disputa de até 81 candidatos por vagaProgramas semelhantes ao desenvolvido pelo hospital Pequeno Príncipe ainda são escassos, mas são uma amostra da crescente profissionalização das ONGs.
As entidades abandonaram o apelo à “doação” para apostar no discurso do “investimento social” e têm atraído jovens com talento.
“Hoje, já existe o jovem que sai da universidade e quer ir para o terceiro setor, porque vê uma oportunidade”, afirma Marcos Kisil, presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), organização que trabalha para promover a doação às ONGs.
“Ainda não tem anúncio de vaga no site da Catho, mas há um potencial enorme de mercado a ser explorado”, diz o consultor Rodrigo Alvarez.
Para convencer as empresas a investir em sua causa, as ONGs também repaginaram o discurso e procuram hoje falar a mesma língua das grandes corporações.
Para cada recurso arrecadado, há contrapartidas, como descontos em lojas conveniadas e eventos de marketing. A logomarca do “parceiro” pode ser exibida nos materiais da ONG e virar até mesmo nome de prédio -numa fórmula que ganha impulso com a crescente cobrança do público por responsabilidade social.
“A nossa aposta é numa relação ganha-ganha”, afirma Renata Iorio, gerente de novos projetos do hospital Pequeno Príncipe.
“Todo investidor quer ver resultado. A gente se coloca na cadeira do empresário e pensa: ‘Que contrapartidas eu posso oferecer que justifiquem o investimento?’”
Fonte:ONGs
