segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

JOVEM BRASILEIRO LEVANDO TECNOLOGIA SOCIAL A LIBÉRIA



Libéria, país africano com pouco mais de 4 milhões de habitantes, sexto pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, devastado por uma guerra civil que durou 14 anos, envolvendo crianças. Um país que praticamente não possui os serviços públicos mais básicos, como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, transporte e, principalmente, educação. Vinícius Zanotti, 27 anos, jornalista brasileiro formado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, teve o desejo e a oportunidade de conhecer este país e a dura realidade da sua população. Deste encontro surgiu uma grande amizade e um projeto, a Escola de Bambu.

Escola de bambu



Após concluir o documentário, Zanotti juntou as forças, e os amigos, para começar uma campanha para construir uma escola com estrutura adequada na comunidade de Fendell, onde Sabato construiu a escola que o inspirou. Nascia assim o projeto Escola de Bambu.

Além de construir a escola, o projeto visa também que as técnicas sejam aprendidas pelos liberianos envolvidos no processo de construção.  A ideis, segundo Zanotti, não é só construir uma escola, é que os liberianos se apropriem dessa tecnologia social.

“Na Libéria existem duas florestas de bambu. A gente vai utilizar o bambu como elemento estrutural, que é uma forma que eles não utilizam, não possuem essa técnica. Queremos ensinar para eles possam reproduzir. O bambu você tira da natureza, em três anos ele cresce, é sustentável e gratuito, diferente do ferro em uma construção”, diz Zanotti.
Além da técnica de construção utilizando o bambu como elemento estrutural, serão aplicadas outras tecnologias sociais na futura escola, como um gerador de energia construído a partir de imãs retirados de HDs usados de computadores, fossas biodigestoras e cisternas.

“O gerador feito com imãs de HDs foi desenvolvido pelo Peetsa, que é o nosso bioconstrutor. Esse gerador já foi aplicado no Brasil em quatro comunidades na Amazônia e no Vale do Ribeira”, esclarece Zanotti.

O jornalista enfatiza que essas tecnologias sociais, uma vez aprendidas pelos liberianos, não serão úteis apenas para a Escola de Bambu, e sim para toda a comunidade de Fendell.

Fonte: Aprender e Ensinar.

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